domingo, 27 de janeiro de 2019

Palácio do Conde de Sucena



Olá Sixty’s 💛

No passado domingo numa ida a casa dos avós do João, em Águeda, lembrei-me que podíamos ir dar uma espreitadela a uma quinta lá perto, a Quinta do Conde de Sucena.


Ora bem, primeiro quem era este Conde que entretanto foi esquecido?

Será uma pergunta que as gerações futuras iram fazer, ainda que o titulo de Conde se inscreva no alçado de um monumento ou na frontaria de um hospital.
O Conde de Sucena ou José Rodrigues de Sucena, nasceu em Águeda a 28 de Abril de 1850, na Borralha. Os pais eram lavradores e reservavam-lhe um futuro eclesiástico, aprendeu a ler e aos 17 anos implorou para ir viver para o Brasil e aí procurar um futuro.
O moço da Borralha, lá partiu para o Brasil e lá se encontrou num trabalho árduo o que veio a permitir-lhe anos mais tarde, ingressar numa casa comercial de artigos religiosos. Mais tarde, tornou-se sócio.
Tempos depois, associou-se, também como sócio, à Azevedo & Ramos, ligada ao vestuário, que resultou numa expansão tal que, mais tarde viria a chamar-se J. R. Sucena e Comp.ª.
Viajante assíduo da Europa, tanto para Roma, onde era recebido pelo Papa, como, e especialmente, para Paris, onde acabou por abrir um estabelecimento de vestuário e artigos religiosos, na Rua d’Hauteville, 38.
Nomeado pelo rei D. Carlos em 1899, Visconde de Sucena e em 1904, Conde de Sucena. Mandou construir um edifício destinado ao hospital da então vila de Águeda, que subsiste desde 1909.
Casado com D. Rufina Gomersore, fez erguer na sua terra natal, uma vasta propriedade, um magnifico palacete, com uma artística gruta e ricas abegoarias – hoje lamentavelmente arruinada.
O Conde tinha um filho, que nasceu rico e morreu pobre, em 1952.


Totalmente ao abandono, por entre silvas e ervas, podemos encontrar várias edificações, o que resta de um lago artificial e uma gruta.
A partir da casa existe uma escada em caracol que dá acesso a um túnel subterrâneo, mas o cheiro nauseabundo que se fazia sentir não me deixou explorá-lo, sei por leituras, que tem várias saídas, uma delas vai dar à gruta e ao lago artificiais muito idênticos ao que podemos ver na Quinta da Regaleira.
Notava-se bem que era artificial derivado aos arames de ferro e cimento e outros materiais que deram a forma ao que hoje lá podemos ver.









A casa é magnifica, os tetos, as paredes, cada detalhe só me fazia imaginar como era viver lá não fosse a minha paixão por esta arquitetura. Acho que devia ter nascido noutros tempos, ahahah.














Não vos convido a visitar porque é uma propriedade privada e para se entrar é preciso percorrer um caminho estreito que encontrámos junto ao muro, perto da torre, e ainda tivemos que subir o muro que estava caído com o Pablo ao colo, uma aventura que valeu tanto a pena...


A quinta, por fontes vos digo que, foi então comprada pelo Eng. Adolfo Roque, entretanto já falecido, o que neste momento não sei quem terá em posse tão linda propriedade.


Esperamos que tenham gostado tanto desta nossa aventura quanto nós.

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